---

A Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá é uma área de mais de 1 milhão de hectares de lagos, igapós e matas. Com a Reserva de Amanã e o Parque Nacional de Jaú, ela forma a maior área de florestas inundadas protegida do mundo. Desde 1999, a reserva, que foi eleita o melhor destino de ecoturismo pela revista americana Condé Nast Traveler, é modelo para a proteção de vastas extensões de florestas.

Localizada no médio Solimões, foi declarada área protegida em 1990, como Estação Ecológica. Em 1996, depois da publicação do Plano de Manejo, foi categorizada como Reserva de Desenvolvimento Sustentável, combinando a conservação da área com o uso manejado de recursos pela população local.



A reserva recebe apenas 20 hóspedes, alojados em confortáveis bangalôs flutuantes. A estrutura evita a agressão ambiental e desperdícios. A água dos chuveiros e torneiras, por exemplo, vem do rio. A energia elétrica, de placas solares nos telhados.

As refeições são típicas da Amazônia, com bastante peixe fresco (às vezes, pescado em passeios pelos visitantes). Também são oferecidas refeições vegetarianas, desde que pedidas com antecedência. O clima em Mamirauá é quente e úmido durante o ano inteiro. As temperaturas ficam entre 23ºC e 33ºC.



Só é possível chegar à Reserva de barco, saindo de Tefé, a maior cidade da região. A duração da viagem é de mais de uma hora.

Pode-se chegar a Tefé por transporte aéreo ou fluvial.

Via Aérea: há um vôo diário para a cidade

Via Fluvial: saindo de Manaus, a viagem dura 36 horas. No percurso podem-se ver as maravilhas naturais do Estado. Também há lanchas de transportes de passageiros (popularmente chamadas de "expressos") que fazem o percurso em até 12 horas.



A programação em Mamirauá oferece atividades que incluem passeios com guias locais em lagos e trilhas para a observação da fauna amazônica; visitas às comunidades locais para conhecer o modo de vida das populações ribeirinhas. Além disso, oferece a oportunidade de conhecer o trabalho de um projeto de conservação pioneiro no Brasil.



Todas as atividades – pesca, manejo das florestas, plantações, comércio–, são feitas com cuidado. Com o turismo não é diferente: pouca gente, sempre acompanhada de guia que conhece a região.



O dia começa antes das 7h, com tapioca, sucos e muitas frutas. Há um guia para cada três pessoas. E ele orienta os passeios a pé, nos meses secos, ou de canoa, durante o ano todo. Também mostra os pássaros – gaviões, araras, papagaios, garças, biguás, cararás, tucanos. E os mamíferos, como a preguiça, a onça, o quati, o esquilo e uma profusão de macacos: o macaco-de-cheiro, o macaco-prego, o guariba. Com sorte, é possível ver o boto-vermelho nadando em volta das canoas. E na cheia, o peixe-boi, com 500 quilos.

---